Avanços e Recuos - Uma Experiência Falhada

Assim, selecionei períodos da letra que se destacam e que são marcantes e utilizei-os como mote, como sendo a inspiração para o que viria a criar. Falo de períodos como «I heard that you fell in love», «What's been happening in your world», «Forever isn't for everyone/ Is forever for you?», «I wanna grab both your shoulders and shake baby/ Snap out of it» e «Under a spell you're hipnotized/ Darling how could you be so blind?».
A primeira frase leva-nos a compreender e entender que o ingrediente principal da música é o amor - isso não é bastante clichê? É -, sendo que só mais para a frente vemos que, na realidade e melhor dizendo, é sobre o desamor. Destarte, e como não poderia deixar de ser, o elemento que se poderia representar aqui é, invariavelmente, o coração. O típico músculo tingido de vermelho que usualmente serve para representar o vibrante sentimento que é o amor. Assim, comecei a criar vários estilos do miocárdio - umas mais simples, minimalistas, que outras - e cheguei a onze conclusões. Os primeiros testes basearam-se na criação de uma imagem compacta e de um coração sólido (preenchido a cor vermelha). Tentei brincar um pouco com as linhas delimitadoras do mesmo e criei ilustrações geométricas, de estilo retro, arredondas e lineares que poderão ser observáveis na imagem. Neste ponto, saliento a criação do formato do coração associado à representação do seu batimento cardíaco e a criação do mesmo através de um lettering que o formasse.
Comecei logo a tentar juntar emoções transmitidas pelas frases, o que me levou a pensar na criação de um coração bomba, de um coração 'mareado' e de um coração lógico, assertivo, linearmente frio. O primeiro, relaciona-se com a ideia de uma paixão que acabará a qualquer momento, que tem os dias contados e que poderá ter graves consequências para os dois intervenientes; o segundo, ligado ao mar, à força, à tempestade, à intempérie do sentimento que arrebata a relação e que, posteriormente, a poderá vir a sarar as feridas (como escrevera o clássico Charles Baudelaire: «Homem livre, o oceano é um espelho fulgente/ Que tu sempre hás-de amar. No seu dorso agitado,/ Como em puro cristal, contemplas, retratado,/ Teu íntimo sentir, teu coração ardente.»); o terceiro, por seu turno, demonstra já alguma faceta modernista, simplista, de carácter frio e racional que utiliza a linha como elemento sugestivo de textura e de relevo e contra-relevo.
Assim e baseado na frase «I wanna grab both your shoulders and shake baby/ Snap out of it», decidi ilustrar ossos (mais precisamente os da caixa torácica) que fariam alusão aos ombros referidos. Tive em conta que este elemento poderia ser um pouco mórbido e pesado para uma capa de CD, Contudo, devido à sua estrutura linear, simétrica, bastante interessante em termos de composição através da linha, decidi criar composições representativas: nada de muito carregado e/ou muito explícito; com linhas simples, curvas e semicurvas, descomplicadas e fluídas que não levassem diretamente o observador a relacionar uma coisa com a outra. Cheguei, portanto, a relacionar esta ideia com a forma de um coração e, posteriormente, a recriar a caixa torácica e a espinha dorsal. Os ossos, para além das ideias que já referi que podem transmitir, poderão ainda dar ideia do 'para sempre', da (in)certeza de um sentimento duradoiro («Forever isn't for everyone/ Is forever for you?»)
Por fim, propus-me a representar correntes que fariam a ligação dos elementos visuais à frase «Snap out of it». As correntes são uma figura representativa do 'para sempre' (mais uma vez, «forever»), da prisão (emocional, psicológica, física). Assim, interligadas por um anel diferente - em forma de coração - que parece que está quase a quebrar a ligação, entendemos que algo está a acabar, que é só uma questão de tempo para que o relacionamento acabe e a corrente se quebre.
Posto isto, percebi o uso dos elementos (base) da comunicação visual vão mais para além de uma representação de algo concreto: há tanto por explorar, tanto por ver, experimentar; tanto para criar. Utilizando ou não nalgumas figuras que desenhei, parti para outro género de projeto, com novas ideias e talvez com mais dinamismo, propondo-me a realizar aquilo que sempre me propus (parece uma citação de alguém que concorreu às presidenciais, mas, apesar disso, continua a ser uma afirmação firme).
Comecei logo a tentar juntar emoções transmitidas pelas frases, o que me levou a pensar na criação de um coração bomba, de um coração 'mareado' e de um coração lógico, assertivo, linearmente frio. O primeiro, relaciona-se com a ideia de uma paixão que acabará a qualquer momento, que tem os dias contados e que poderá ter graves consequências para os dois intervenientes; o segundo, ligado ao mar, à força, à tempestade, à intempérie do sentimento que arrebata a relação e que, posteriormente, a poderá vir a sarar as feridas (como escrevera o clássico Charles Baudelaire: «Homem livre, o oceano é um espelho fulgente/ Que tu sempre hás-de amar. No seu dorso agitado,/ Como em puro cristal, contemplas, retratado,/ Teu íntimo sentir, teu coração ardente.»); o terceiro, por seu turno, demonstra já alguma faceta modernista, simplista, de carácter frio e racional que utiliza a linha como elemento sugestivo de textura e de relevo e contra-relevo.

Por fim, propus-me a representar correntes que fariam a ligação dos elementos visuais à frase «Snap out of it». As correntes são uma figura representativa do 'para sempre' (mais uma vez, «forever»), da prisão (emocional, psicológica, física). Assim, interligadas por um anel diferente - em forma de coração - que parece que está quase a quebrar a ligação, entendemos que algo está a acabar, que é só uma questão de tempo para que o relacionamento acabe e a corrente se quebre.
Posto isto, percebi o uso dos elementos (base) da comunicação visual vão mais para além de uma representação de algo concreto: há tanto por explorar, tanto por ver, experimentar; tanto para criar. Utilizando ou não nalgumas figuras que desenhei, parti para outro género de projeto, com novas ideias e talvez com mais dinamismo, propondo-me a realizar aquilo que sempre me propus (parece uma citação de alguém que concorreu às presidenciais, mas, apesar disso, continua a ser uma afirmação firme).
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