Exemplos de Capas de Álbuns que Usam os Elementos da Comunicação Visual
De forma a compreender melhor e a criar ideias relativamente ao projeto a realizar, decidi navegar pela minha biblioteca digital de álbuns e observar quais os cover art que utilizam, ou acabam por utilizar, os elementos de comunicação visual. Assim, recolhi 22 capas de álbuns, as que melhor representam o pretendido. De seguida, para cada cover, realizei uma exposição dos principais elementos e, posteriormente, uma breve explicação da forma de uso dos próprios elementos, a sensação transmitida, as técnicas, etc.
Principais elementos: ponto, linha, forma, cor, tonalidade, textura.
Os elementos iconográficos presentes na cover do álbum relaciona-se com as faixas áudio nele inseridas: existe uma representação de cada música existente no CD através de ícones de cores quentes e frias. O design é bastante simples, tendo tendências minimalistas com influências do cubismo (sendo que só alguns ícones apresentam enquadrar-se nesta última vertente).
Coldplay, X&Y (2005)
Principais elementos: cor, forma, direção, escala.
«The X&Y cover image is a graphical representation of the Baudot code, an early form of telegraph communication that relied on a series of ones and zeroes to convey messages (and thus, was probably the first truly “digital” means of communication)[...]. The Baudot code assigns five “bits” for each letter of the alphabet, an arrangement of ones and zeroes (“11000” is A, “10011” is B, etc), as well as coding for numbers and symbols, like question marks or commas. To differentiate between numbers and letters, Baudot further broke the code down into “upshifted” and “downshifted” sections. Switching from numbers to letters — downshifting — would be identified by inserting “11011” into a message stream. To relay messages, operators tapped keys on a Baudot multiplex telegraph transmitter, with a “one” meaning a hit of the key and a “zero” meaning no hit. For example, “A” would be transmitted as two successive hits followed by three beats of silence. Coldplay were kind enough to supply fans with a chart showing the entire Baudot alphabet in X&Y’s liner notes [...], with vertical arrangements of colored blocks replacing the ones and zeroes. When the chart is applied to X&Y’s cover image, it’s revealed to spell out (duh) “X&Y.”» (www.mtv.com)
Principais elementos: linha, textura.
A silhueta bem definida (por de trás do lettering) do intérprete do álbum é delineada através da linha, elemento que também está presente no próprio estilo de letra que se sobrepõe - uma linha que transparece a ideia de que foi feita através de um pincel ou de um utensílio semelhante pela sua espontaneidade e pela variação da grossura. Esta, por sua vez, também tem textura, sendo que este sim é o elemento principal que nos leva a pensar que a escrita foi realizada através de um pincel.
Principais elementos: linha, textura, tonalidade
A técnica de sobreposição de imagem/fotografia-desenho é recorrente nos cover art do duo de DJ's britânicos Disclosure. Neste caso, a imagem desvanecida e a preto e branco é de um lince. Contudo, neste álbum mais recente o traço da linha demonstra ser mais manual, quase feito a grafite, pela sua grossura, textura e pelas curvas do próprio elemento. A delineação - através da linha anteriormente referida - das feições do animal (mais precisamente os olhos, focinho e nariz), associa-se à espécie de textura dada pela tonalidade das supostas orelhas do lince; o que transmite uma sensação de solidez e de instabilidade, respectivamente.
Principais elementos: ponto, linha, textura.
«The artwork for Ghost Stories is an impressive etching by Czech-British artist Mila Fürstová. The artwork is a large-scale mosaic of different objects, scenes and ideas. The entire image is encased within a pair of angel wings [...]The meaning behind the artwork, however, isn't easy to comprehend unless you understand the main ideas revolving around the album itself. Ghost Stories is a concept album that revolves around a broken relationship. The artwork reflects the heartache of the singer, with images of the same man and woman repeating over constantly throughout the artwork. While most of the scenes depicted in the artwork would be otherwise seem rather odd, it creates a mood; like we're peering through a person's memories and feelings, especially of and towards a person he loved the most. The fact that all of this is encased within a pair of angel wings, and the presence of many birds throughout the artwork suggests that these memories and feelings are simply a photographic past. The birds and wings allude to the underlying message of the album; moving on and never letting go of love. Like "a flock of birds", love comes and goes. The man has moved on, and Ghost Stories is his memoir.» (www.quora.com)
Principais elementos: cor, textura, movimento.
No design deste álbum existe uma técnica bastante simples: utilizaram-se duas imagens de duas aves, retirou-se o fundo e modificaram-se as suas tonalidade - uma para vermelho e outra para preto. De seguida, fez-se uma sobreposição de ambas as imagens (a mais escura na zona superior e a encarnada por de baixo) e aplicou-se a técnica - em linguagem básica - do espelho ou da simetria, que criou uma imagem semelhante ao lado da original.
No design deste álbum existe uma técnica bastante simples: utilizaram-se duas imagens de duas aves, retirou-se o fundo e modificaram-se as suas tonalidade - uma para vermelho e outra para preto. De seguida, fez-se uma sobreposição de ambas as imagens (a mais escura na zona superior e a encarnada por de baixo) e aplicou-se a técnica - em linguagem básica - do espelho ou da simetria, que criou uma imagem semelhante ao lado da original.
Principais elementos: cor, tonalidade, textura, movimento.
Esta cover preza especialmente pela variação da paleta de cores: existe uma mistura de magenta, azul ciano e amarelo - as três matizes primárias ou cores primárias. Estas, quando misturadas, criam outras cores derivantes (que podem ser observadas aqui) como o magenta, o laranja, e o verde. Por sua vez, todas estas seis cores variam de tonalidades, existindo uma variação entre o mais escuro e o mais claro, o que cria uma ilusão de textura propiciada também pela ilusão da junção e sobreposição de cores. Assim, através da utilização de elementos de comunicação de forma básica, criou-se uma capa de álbum com um design bastante simples, apelativo e visualmente forte.
Esta cover preza especialmente pela variação da paleta de cores: existe uma mistura de magenta, azul ciano e amarelo - as três matizes primárias ou cores primárias. Estas, quando misturadas, criam outras cores derivantes (que podem ser observadas aqui) como o magenta, o laranja, e o verde. Por sua vez, todas estas seis cores variam de tonalidades, existindo uma variação entre o mais escuro e o mais claro, o que cria uma ilusão de textura propiciada também pela ilusão da junção e sobreposição de cores. Assim, através da utilização de elementos de comunicação de forma básica, criou-se uma capa de álbum com um design bastante simples, apelativo e visualmente forte.
Principais elementos: cor, tonalidade, textura, forma, linha.
«When Mac and his Most Dope team were seeking inspiration for the artwork, they consulted Google and came across a young girl’s drawing, which they eventually used as a basis for the cover design. “We came across this 8-year-old’s drawing and we were like, ’Yo, that is like the most simple but incredible thing ever; it’s right to the point,’ ” he recalled. “Basically, the point is making something simple that can represent the whole idea. You look at it and it doesn’t look like a park, but you know that’s that Blue Slide Park."[...]The BSP front panel features a painting of multicolored triangles, with a big blue line right down the middle.» (www.mtv.com)
Triângulos com textura e com várias tonalidades que variam entre o verde, amarelo e laranja; uma linha azul, vertical, pintada de cima para baixo. Estes são os principais figuras da cover art do álbum. Os elementos prezam pela harmonia e estão dispostos de forma a transmitir esse mesmo sentimento. A rectilinearidade lógica dos triângulos juntamente com o traço frio e preciso do azul que no fim da linha quase que se desvanece forma uma composição séria, racional, mas sem perder o toque urbano e contemporâneo.
Principais elementos: cor, tonalidade, movimento.
«“On the one side, you’re sad now, but on the other side, you’re happy, looking forward to turning that sad feeling into a hoping mood," [...] Explaining the term "Sadnecessary." "And that’s just what it pictures in the music: a sad melody with sad lyrics, but the whole song has a happy and danceable mood”."It's always about balance".» (www.huffingtonpost.com)
A representação do termo, então, é aplicado ao álbum e ao seu design. Mais uma vez, através de duas cores primárias, criou-se o background. A junção do azul e do amarelo (que podem ser minimamente percecionados) criou o verde, que acaba por se tornar na cor predominante de todo o álbum. Outra vez, esta mistura transmite uma ideia de movimento, sendo que este é mais percetível se atentarmos na macha vermelha que sobrepõe todas as outras cores. As cores frias, deste modo, representam a tristeza apresentada na definição de Sadnecessary, enquanto que os toques finais de vermelho, de uma cor quente, acabam por simbolizar a alegria, a jovialidade.
Principais elementos: linha, dimensão, tonalidade, movimento.
Ao contrário de todas as outras capas de álbuns apresentadas, esta tem unicamente como base uma fotografia sem qualquer tipo de adição. Com os rebordos brancos, apresenta um elemento da banda a correr estrada fora. Ao ter sido tirada, propositadamente ou não, a fotografia ficou tremida, dando assim uma ideia de movimento; de fuga - sendo que esta última ideia é vincada ainda mais pela dimensão, pela profundidade transmitida pelas linhas explícitas que irão convergir no chamado ponto de fuga [ponto localizado na linha do horizonte, para onde todas as linhas paralelas convergem, quando vistas em perspectiva]. Assim, neste caso, poder-se-á dizer que as linhas delimitadoras da estrada são um elemento essencial para a criação desta vertente bidimensional. Por outro lado, as tonalidades conseguidas basearam-se muito no amarelo, podendo isto ter sido conseguido através da manipulação da temperatura da fotografia, do seu contraste ou da sua tonalidade.
Principais elementos: textura.
Este cover art do rapper português assenta essencialmente na textura: numa representação literal do título do álbum. Deste modo, é-nos apresentada uma imagem duma pele resistente (Casca Grossa)- de algum réptil, provavelmente. Em adição, há que referir que esta imagem foi manipulada a nível das sombras de modo a ficar mais escura e a transparecer uma certa rugosidade que deverá transmitir resistência, força, como se de uma armadura de aço se tratasse.
Principais elementos: textura, cor, formas, linha.
O design deste álbum é bastante simples: é como se de recortes se tratasse. Recortes cada um da sua cor; cores frias e quentes; cada um da sua forma; mas nunca fugindo do elemento que retrata: a água, o gelo que dá textura a toda esta composição. As cores e a imagem em si apresentam um estilo faded, não sendo, por isso, visualmente e fortemente fortes (perdoe-se a redundância!). A disposição das várias formas também é bastante equilibrada e harmoniosa, estando, inclusive, a linha do horizonte sempre presente (invertida ou não) - o que contribui para o reforço dessas próprias ideias.
Principais elementos: textura, cor, formas, linha, movimento.
Assim, este cover art fora construído de uma forma bastante engenhosa: a transfiguração de sentimentos, de emoções propostas por uma música para circulos compostos por cor e linhas simétricas, irregulares, paralelas, finas, grossas, preenchidas ou não. Linhas essas que fornecem mais dinamismo, mais movimento ao própio design do álbum que se apresenta arrojado de uma forma (quase) minimalista e simplista.
Principais elementos: textura, cor, formas, linha, movimento.
Esta imagem, que mais não é se não um quadro abstrato da artista Sarah Shaw, intitulado The World Is Spinning Around, tornou-se na capa do mais recente álbum da banda que nos trouxe o famoso hit, Youth.
Composta essencialmente por linhas, tonalidade e cores contrastantes que criam, visualmente, textura (os tons negros que puxam para o roxo escuro, juntamente com o branco que ganha - ele próprio - uma tonalidade arroxeada e acizentada), o design do gráfico confere à utilização do óleo sobre tela uma vivacidade e energia equilibrada. A representação do nada que, por outro lado, poderá ser tudo, traduz-se numa simplicidade paradoxalmente complexa que nos transporta para o 'mundo das questões'. A inquietude sentida pelo público, pelo espetador, por nós, leva-nos a uma imensidão, a um 'espaço' enorme de indagações. A semicircunferência, contudo, deverá ser o elemento que se destaca -transmite uma junção harmoniosa de todos os elementos, uma plenitude de toda a composição.
Esta imagem, que mais não é se não um quadro abstrato da artista Sarah Shaw, intitulado The World Is Spinning Around, tornou-se na capa do mais recente álbum da banda que nos trouxe o famoso hit, Youth.
Composta essencialmente por linhas, tonalidade e cores contrastantes que criam, visualmente, textura (os tons negros que puxam para o roxo escuro, juntamente com o branco que ganha - ele próprio - uma tonalidade arroxeada e acizentada), o design do gráfico confere à utilização do óleo sobre tela uma vivacidade e energia equilibrada. A representação do nada que, por outro lado, poderá ser tudo, traduz-se numa simplicidade paradoxalmente complexa que nos transporta para o 'mundo das questões'. A inquietude sentida pelo público, pelo espetador, por nós, leva-nos a uma imensidão, a um 'espaço' enorme de indagações. A semicircunferência, contudo, deverá ser o elemento que se destaca -transmite uma junção harmoniosa de todos os elementos, uma plenitude de toda a composição.
Principais elementos: cor, linha, direção, dimensão.
Sob um fundo amarelo, a capa de álbum do cantor norte-americano Bruno Mars tem como principal elemento a linha, que cria a ideia de dimensão e direção. Estas linhas (representantes de quê? De um caminho?, do fogo saído do foguetão??) energéticas, conferem ao cover art um aspeto também ele dinâmico e vivaz, associado, por seu turno, às silhuetas negras que se destacam. A diversão, o movimento e a espontaneidade são, assim, aspectos aqui presentes, conseguidos - tenha-se atenção - através do uso único da linha. Imaginando o caso onde o álbum não teria as silhuetas negras, note-se que todos estes sentimentos, esta transmissão de mensagem e vivacidade, permaneceriam intactos: os dois ícones são apenas mais um elemento adicional, não necessário - isto, claro, do meu ponto de vista.
Sob um fundo amarelo, a capa de álbum do cantor norte-americano Bruno Mars tem como principal elemento a linha, que cria a ideia de dimensão e direção. Estas linhas (representantes de quê? De um caminho?, do fogo saído do foguetão??) energéticas, conferem ao cover art um aspeto também ele dinâmico e vivaz, associado, por seu turno, às silhuetas negras que se destacam. A diversão, o movimento e a espontaneidade são, assim, aspectos aqui presentes, conseguidos - tenha-se atenção - através do uso único da linha. Imaginando o caso onde o álbum não teria as silhuetas negras, note-se que todos estes sentimentos, esta transmissão de mensagem e vivacidade, permaneceriam intactos: os dois ícones são apenas mais um elemento adicional, não necessário - isto, claro, do meu ponto de vista.
Principais elementos: forma,linha, direção.
Esta representação icónica de uma parede no meio de um suposto mar onde as pessoas vão e vêm de barco e usam uma escada para subir é toda ela conseguida através do uso se linhas. O retângulo é a forma predominante - não há como contestar -, sendo que ele próprio é atravessado por duas linhas paralelas, dispostas na diagonal, que formam a escada. Um design bastante simples, portanto. em adição, existem ilustrações de pequenos homens e mulheres que deambulam de um lado para o outro por de cima da parede. Contudo, não são o elemento principal e a destacar de todo este esquema. Mais uma vez, a linha tem um papel fundamental na composição da arte visual: forma o elemento principal e o que o atravessa. Destacando ainda mais a representação da parede, esta é disposta de forma bi/tridimensional e não estática (de frente): está na diagonal - não numa diagonal desconcertante e desequilibrada, apenas num perfeito ângulo que não desconcerta nada nem ninguém.
Esta representação icónica de uma parede no meio de um suposto mar onde as pessoas vão e vêm de barco e usam uma escada para subir é toda ela conseguida através do uso se linhas. O retângulo é a forma predominante - não há como contestar -, sendo que ele próprio é atravessado por duas linhas paralelas, dispostas na diagonal, que formam a escada. Um design bastante simples, portanto. em adição, existem ilustrações de pequenos homens e mulheres que deambulam de um lado para o outro por de cima da parede. Contudo, não são o elemento principal e a destacar de todo este esquema. Mais uma vez, a linha tem um papel fundamental na composição da arte visual: forma o elemento principal e o que o atravessa. Destacando ainda mais a representação da parede, esta é disposta de forma bi/tridimensional e não estática (de frente): está na diagonal - não numa diagonal desconcertante e desequilibrada, apenas num perfeito ângulo que não desconcerta nada nem ninguém.
Principais elementos: cor, linha, direção, forma.
Mais uma vez, a harmonia e equilíbrio proporcionado pelas cores e formas utilizadas na cover art. Versões pale de azul e amarelo confrontam-se no centro da capa: uma linha horizontal forma-se e a separação intrínseca dá-se, racional. Em adição, a circunferência laranja central confere à composição um equlíbrio estático e de plenitude. Serve quase de junção de ambos os lados - talvez esta ideia seja ainda mais reforçada pela transparência presente no elemento referido. O significado de tudo isto? Indecifrável. Poderá ser o pôr ou nascer do sol? A convergência de sentimentos quentes e frios, assim como as cores? Um misto dos dois ou a demonstração de um estado emocional ambíguo?
Mais uma vez, a harmonia e equilíbrio proporcionado pelas cores e formas utilizadas na cover art. Versões pale de azul e amarelo confrontam-se no centro da capa: uma linha horizontal forma-se e a separação intrínseca dá-se, racional. Em adição, a circunferência laranja central confere à composição um equlíbrio estático e de plenitude. Serve quase de junção de ambos os lados - talvez esta ideia seja ainda mais reforçada pela transparência presente no elemento referido. O significado de tudo isto? Indecifrável. Poderá ser o pôr ou nascer do sol? A convergência de sentimentos quentes e frios, assim como as cores? Um misto dos dois ou a demonstração de um estado emocional ambíguo?
Principais elementos: linha, direção.
Neste cover do álbum compilador de todas as músicas originais utilizadas para a versão cinematográfica de 2013 do clássico de literatura dos anos 20 de F. Scott Fitzgerald, foi utilizado um estilo muito próprio, muito habitual desta época: a arte déco. Este estilo artístico optou pela representação dos princípios do cubismo, exotismo e da arte nouveau. Tendo como principal preocupação o requinte, os objetos - em termos da arquitetura, mobiliário e de todos os tipos de arte no geral - dispõem de decoração geometrizada e ornamentada a bronze, mármore, prata, marfim, etc. O historiador Bevis Hillier, assim, definiu a art déco como «an assertively modern style [that] ran to symmetry rather than asymmetry, and to the rectilinear rather than the curvilinear; it responded to the demands of the machine and of new material [and] the requirements of mass production». Neste caso específico, podemos visualizar o conceito de geometrização representado pelas linhas paralelas e diagonal, vertical ou horizontalmente dispostas; linhas essas que transmitem uma sensação de direção.
Neste cover do álbum compilador de todas as músicas originais utilizadas para a versão cinematográfica de 2013 do clássico de literatura dos anos 20 de F. Scott Fitzgerald, foi utilizado um estilo muito próprio, muito habitual desta época: a arte déco. Este estilo artístico optou pela representação dos princípios do cubismo, exotismo e da arte nouveau. Tendo como principal preocupação o requinte, os objetos - em termos da arquitetura, mobiliário e de todos os tipos de arte no geral - dispõem de decoração geometrizada e ornamentada a bronze, mármore, prata, marfim, etc. O historiador Bevis Hillier, assim, definiu a art déco como «an assertively modern style [that] ran to symmetry rather than asymmetry, and to the rectilinear rather than the curvilinear; it responded to the demands of the machine and of new material [and] the requirements of mass production». Neste caso específico, podemos visualizar o conceito de geometrização representado pelas linhas paralelas e diagonal, vertical ou horizontalmente dispostas; linhas essas que transmitem uma sensação de direção.
Principais elementos: textura, linha.
Como no álbum anteriormente referido dos King of Leon, no álbum dos The Neighbourhood utilizou-se a mesma técnica: a 'técnica do espelho', da simetria. A partir de uma fotografia de nuvens, de fumo de uma explosão ou de algo similar, 'simetrizou-se' a imagem original e criou-se um background rico em textura, expressividade e poder. Os tons acizentados produzidos por um jogo de sombras singular traduz-se numa imagem bastante interessante em termos visuais e de design que pode ou não (mas neste caso parece que sim) auxiliado pela edição da própria fotografia em vários parâmetros. Em adição, colocaram-se os três símbolos da banda americana que, por sua vez, são compostos com linhas simples, na sua maioria retas. A inversão da imagem, ou seja, a sua rotação de 180º, assim como em exemplos anteriores apresentados - mas não referido! - demonstra ser uma tática visualmente forte e apelativa.
Como no álbum anteriormente referido dos King of Leon, no álbum dos The Neighbourhood utilizou-se a mesma técnica: a 'técnica do espelho', da simetria. A partir de uma fotografia de nuvens, de fumo de uma explosão ou de algo similar, 'simetrizou-se' a imagem original e criou-se um background rico em textura, expressividade e poder. Os tons acizentados produzidos por um jogo de sombras singular traduz-se numa imagem bastante interessante em termos visuais e de design que pode ou não (mas neste caso parece que sim) auxiliado pela edição da própria fotografia em vários parâmetros. Em adição, colocaram-se os três símbolos da banda americana que, por sua vez, são compostos com linhas simples, na sua maioria retas. A inversão da imagem, ou seja, a sua rotação de 180º, assim como em exemplos anteriores apresentados - mas não referido! - demonstra ser uma tática visualmente forte e apelativa.
Principais elementos: cor, textura.
Na cover art do álbum desta banda britânica utilizou-se a estratégia da máscara. O processo baseou-se numa fotografia/manipulação de imagem. As cores que vemos na capa do CD, ou o fénomeno, usualmente acontece, por exemplo, no alcatrão quando chove. Possivelmente terá a ver com algum fluído que os automóveis libertam e que, misturado com água, forma esta reação. Ora, uma vez fotografada, esta imagem fica estipulada como sendo o background. Posteriormente - e isto digitalmente -, criou-se uma espécie de stencil (a máscara) em forma de 'x' que irá ser sobreposta à fotografia anteriormente tirada. Um processo simples de sobreposição de imagens através da utilização do efeito de máscara.
Na cover art do álbum desta banda britânica utilizou-se a estratégia da máscara. O processo baseou-se numa fotografia/manipulação de imagem. As cores que vemos na capa do CD, ou o fénomeno, usualmente acontece, por exemplo, no alcatrão quando chove. Possivelmente terá a ver com algum fluído que os automóveis libertam e que, misturado com água, forma esta reação. Ora, uma vez fotografada, esta imagem fica estipulada como sendo o background. Posteriormente - e isto digitalmente -, criou-se uma espécie de stencil (a máscara) em forma de 'x' que irá ser sobreposta à fotografia anteriormente tirada. Um processo simples de sobreposição de imagens através da utilização do efeito de máscara.
Principais elementos: linha, textura.
«The cover art for A Rush of Blood to the Head was designed by photographer Solve Sundsbo. He was featured in one publication, where Chris Martin saw the image and approached Sundsbo for permission to use the image as the cover ofA Rush of Blood to the Head. It was second album of Coldplay and was released on August 2002. This cover has a very simple colour palette, it looks clean, minimalistic, but stays very interesting and eye-catching. It has technological feel in it, as Solve wanted to create something that hasn’t been done before, so he used three-dimensional scanning machine. By mistake half of the head was chopped, as machine only scanned 30 centimeters. This photograph looks very unconventional, modern and different.» (www.elizaveta1.wordpress.com)
«The cover art for A Rush of Blood to the Head was designed by photographer Solve Sundsbo. He was featured in one publication, where Chris Martin saw the image and approached Sundsbo for permission to use the image as the cover ofA Rush of Blood to the Head. It was second album of Coldplay and was released on August 2002. This cover has a very simple colour palette, it looks clean, minimalistic, but stays very interesting and eye-catching. It has technological feel in it, as Solve wanted to create something that hasn’t been done before, so he used three-dimensional scanning machine. By mistake half of the head was chopped, as machine only scanned 30 centimeters. This photograph looks very unconventional, modern and different.» (www.elizaveta1.wordpress.com)
Arctic Monkeys, AM (2013)
O álbum onde se insere a música para a qual me proponho a criar uma cover art tem, única e exclusivamente a linha como elemento visual. Uma linha flexível, dinâmica e um tanto ou quanto semelhante a ondas de proporção de som, de música. No centro, enquadrado no seguimento da mesma linha, vemos as letras AM - o título do álbum. Este design minimalista e moderno relaciona-se, por adição, à temática da sexualização da mulher - não no sentido pejorativo da palavra! -, pois, tal como o vocalista, Alex Turner, afirmou «It kind of looks like a bra».
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