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Cover art oficial do single |
Assim, esta música foi escolhida não pela sonoridade nem pela letra, mas sim pela junção de ambos os elementos. O ritmo da faixa em questão, tal como afirma Mic Wright do The Quietus (uma revista online sobre música e cultura pop), «has clicks, claps and the kind of catchy hooks that'll get you a job pumping out new songs for Icona Pop». A regularidade paralelística das notas cantadas e da própria composição musical tem o poder de fazer com que a música fique a pairar na nossa mente sem que demos por isso. Para mais, o beat da mesma tem uma conotação de tempo, isto é, a sua regularidade parece contabilizar os segundos que passam, e a isto aliena-se o toque sedutor e atrevido de toda a melodia.
A letra, por seu turno, baseia-se num rapaz que tenta dizer a uma rapariga para ela se esquecer dele e o deixar - utilizando um brasileirismo, para ela "cair fora".
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Cover art do single realizada por um fã |
O desafio, assim, impõe-se. Transmitir tudo isto através de uma cover art. Trabalho que poderá parecer (e talvez mesmo ser) fácil mas que, por outro lado, poderá ser ambíguo. Tal como acontece com tudo, toda a gente se expressa de diferentes formas, entende de modo diferente, vê o mundo de uma maneira distinta. Alienando isto ao facto de termos de transmitir, visualmente, tudo o que um pequeno som nos transmite através de linhas, pontos, formas, texturas, cores, dimensões, etc., compreende-se que o desafio é mesmo isso - desafiador.
Em conformidade com todos os aspetos da música, consegue-se sintetizar, através dos seguintes pontos, toda a interpretação visual que poderemos percecionar:
- Sensações que a música provoca: sensualidade; persuasão; atrevimento; confiança; amor(?); desamor; desprezo.
- Elementos da comunicação visual: linha; forma (triângulo), direção (horizontal); cor (contraste entre cores escuras e sedutoras - ex. vermelho); tom (não variado); textura.
- Técnicas da comunicação visual: simetria; equilíbrio; regularidade; simplicidade; minimização; estabilidade; repetição.
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