José Saramago e a Caligrafia de Grandes Personalidades - Um Excelente Caso do Uso da Tipografia
A 28 de maio de 2014, foi anunciado na Casa dos Bicos (Lisboa) que a obra de José Saramago, o único português galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, passaria a ser publicada pela Porto Editora.
Desta nova coleção, fazem parte obras incontornáveis como A Caverna, A Noite, A Viagem do Elefante, As Intermitências da Morte, As Pequenas Memórias, Ensaio sobre a Cegueira, Ensaio sobre a Lucidez, História do Cerco de Lisboa, Manual de Pintura e Caligrafia, Memorial do Convento e O Homem Duplicado.
Contudo, se anteriormente nas publicações da Caminho tínhamos desenhos com aparência de serem conseguidos através de linóleos, nas novas publicações as capas são única e exclusivamente formadas pelo lettering e pela cor que o acompanha. Criadas pelo atelier silvadesigners, contam com o contributo especial de grandes figuras da literatura e da cultura portuguesa que caligrafaram o título para a capa de um livro.
Desta panóplia de personalidades emblemáticas, conta-se o contributo de Álvaro Siza Vieira, Armando Baptista-Bastos, Carlos do Carmo, Chico Buarque, Eduardo Lourenço, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M. Tavares, Júlio Pomar, Lídia Jorge, Mário de Carvalho e Valter Hugo Mãe.
Ao todo, já foram publicados 18 títulos do escritor pela Porto Editora, sendo que 16 deles seguiram a proposta das capas caligrafadas por personalidades da cultura em língua portuguesa e dois não. Refiro-me a Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas, cuja capa é um desenho de Günter Grass, e A Maior Flor do Mundo, livro para o público infantil.
«Cuidado, estes livros contêm muita vida, tratemo-los com a paixão e o esmero que merecem todos os seres. Todos os seres vivos.»
(Pilar del Rio)
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